Manjericos de Sto
Projeto : «Vida Social e Cultural de uma coisa»
Disciplina : Estudos da Antropologia e do Património
Realizado por : Ana Pinheiro nº 16139, Daniela Santos nº 16111,Marta Oliveira nº 16134,Carolina Teixeira nº 16140
2014/1025
Este trabalho baseia-se em apresentar uma descrição densa da história, do contexto e dos significados de uma coisa/objeto que faça parte da paisagem etnográfica portuguesa.
Decidimos escolher o Manjerico de Sto. António, não apenas pela sua função prática, mas também pelo seu simbolismo.
Em Portugal, Junho é, por excelência, o mês dos santos populares, e os bairros mais típicos e antigos das cidades transfiguram-se em enfeites de cor e ambiente de intensa alegria. É nestes locais tão genuínos que se celebram as festas populares que têm origem nos antigos rituais pagãos do solstício de verão, que a cristianização abençoou através de dois dos seus mais distintos filhos, António e João. Estes santos pertencem ao povo e concedem-lhe, num acordo tácito e anualmente renovado, que viva a sua natureza por uma noite e um dia. As ruas enchem-se do cheiro de sardinhas assadas, o vinho canta nos copos, a música e os folguedos invadem as cidades em romarias e marchas povoadas de arcos e balões. Benze-se o povo com o alho-porro, salta-se a fogueira para dar sorte, compra-se o manjerico que se cheira com a mão para que não seque.
Existe a tradição de se comprar um manjerico nesta altura do mês, onde cada pessoa compra uma destas plantas aromáticas e trata dela até ao ano seguinte, altura em que deverá ser substituída. O manjerico é um dos principais símbolos das festas de Santo António e de São João. É uma planta bastante associada a estas festas que são realizadas a 13 de Junho e 24 de Junho, respectivamente. Quem compra estes manjericos fá-lo em homenagem ao santo, para decorar os parapeitos das janelas e lembrar a toda a gente que a festa se aproxima, mas principalmente para os rapazes oferecerem á namorada. O