Manipulação imprensa
É uma característica no Brasil, quando se fala de imprensa, a manipulação da realidade, ou seja, a realidade mostrada a partir de uma outra realidade, irreal, onde o público é colocado cotidianamente diante de uma realidade artificialmente criada pela imprensa.
Desse modo, o público vive em um mundo fora do real, isto é, num mundo que não existe e que foi apenas criado para ele. Isso ocorre devido à manipulação da informação que acaba por se transformar numa manipulação da realidade. Uma das formas de manipulação da imprensa é a ocultação da informação. Todo jornal segue uma linha editorial, onde empresários e empregados dos órgãos de comunicação decidem o que vai ser repassado para seus receptores, ou seja, decidem o que é um fato jornalístico – publicado no jornal - e o que é um fato não jornalístico. Porém toda realidade é jornalística, o que vai tornar um fato jornalístico ou não são as características dos órgãos de imprensa, a sua visão de mundo e a sua linha editorial. Assim a ocultação da realidade, ou melhor, essa manipulação da realidade, faz com que o leitor tome conhecimento da existência de uma realidade criada pela imprensa. A seleção do fato jornalístico, da realidade, vai seguir sempre a linha editorial do órgão de imprensa. Outro modo de manipulação da realidade é a fragmentação dos fatos, ou seja, seleção de aspectos e descontextualização. Muitas vezes algumas informações são escolhidas como fatos jornalísticos, porém esse fato é fragmentado em aspectos e só será repassado ao público aquilo que interessa a linha editorial do jornal. Decorrente dessa seleção de aspectos ocorre uma descontextualização, onde a realidade perde seu significado original. Como nos diz Perseu Abramo, “a fragmentação da realidade em aspectos particularizados, a eliminação de uns, a manutenção de outros e a descontextualização dos que