A manipulação e os padrões de manipulação na grande imprensa
ALUNA: AMY LOREN SANTOS CUNHA
RESENHA – PADRÕES DE MANIPULAÇÃO NA GRANDE IMPRENSA
A Manipulação e os Padrões de Manipulação
1. A MANIPULAÇÃO
Tudo se passa como se a imprensa se referisse à realidade apenas para apresentar outra realidade, irreal, que é a contrafação da realidade real. Podemos usar o modelo do “Espelho Deformado”: a imagem do espelho tem algo a ver com o objeto, mas não só não é o objeto como também não é a sua imagem; é a imagem de outro objeto que não corresponde ao objeto real.
O público é fragmentado no leitor ou no telespectador individual, ele só percebe a contradição quando se trata da infinitesimal parcela da realidade da qual ele é protagonista, testemunha ou agente direto, e que, portanto, conhece. A outra parte, todo o resto, ele apreende por conhecimento, por ler ou ouvir dizer. Essa parte é aquela que a imprensa forma, “informando”. Temos, assim, que a maior parte dos indivíduos move-se num mundo que não existe, e que foi artificialmente criado para ele justamente a fim de que ele se mova nesse mundo irreal.
Manipulação de informação é, então, manipulação da percepção de realidade.
Os padrões
A manipulação ocorre de várias e múltiplas formas. Nem todas as matérias jornalísticas podem ser consideradas como manipuladoras, mas a gravidade do fenômeno decorre do fato de que ele marca a essência do procedimento geral do conjunto da produção cotidiana da imprensa, embora muitos exemplos ou matérias isoladas possam ser apresentados para contestar a característica geral.
Podemos distinguir, pelo menos, 4 padrões de manipulação gerais para toda a imprensa e mais um específico para o telejornalismo:
1. Padrão de ocultação:
Alguns fatos são considerados “jornalísticos”, outros não. Há uma seleção do que apresentar ao público, o que “é notícia”. Para o jornalista, há o “fato jornalístico” e o “fato não-jornalístico”, logo ele deve apresentar o primeiro e ocultar o segundo. Essa concepção acaba