Em Minas Gerais, o Tribunal de Justiça proibiu manifestações de qualquer tipo que interditassem as vias urbanas em todos os municípios do estado durante a Copa das Confederações. A princípio, a decisão era uma resposta aos de professores e policiais civis, que pretendiam fechar vias de acesso ao estádio Mineirão em diversos dias, três dos quais (17, 22 e 26 de junho) coincidem com a data de jogos da copa no estádio. O tribunal de justiça fixou uma multa de R$ 500 mil para os sindicatos, caso esses descumprissem a decisão, o que não impediu que 12 mil pessoas se reunissem na tarde do dia 17 de junho na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, e fechassem duas avenidas da cidade. No dia 17 de junho, as manifestações se intensificaram em grandes cidades do Brasil. No Rio de Janeiro mais de 100 mil pessoas ocuparam importantes vias da capital fluminense, como a avenida Rio Branco, onde houve chuva de papel picado. Em frente à Biblioteca Nacional, foram distribuídas flores aos policiais. Porém, houve confronto em frente à Assembleia Legislativa, onde 80 policiais se refugiaram, estando cinco deles feridos. Manifestantes tentaram invadir a Assembleia lançando mão de pedras, coquetéis Molotov e rojões contra as forças policiais, que revidaram com gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Pelo menos um carro foi queimado, vidraças de lojas e bancos foram quebrada e pilastras do Palácio Tiradentes foram pichadas. Também houve enfrentamento no Largo do Paço Imperial. Houve vaias para quem levantava bandeiras de partidos políticos. Em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, centenas de manifestantes caminharam pelas principais ruas da cidade, desde a praça do Santíssimo Salvador, passando pela Câmara Municipal até chegar à prefeitura. Lá, o grupo cantou o hino nacional e fixaram cartazes nas grades da prefeitura. Não houve registro de violência ou vandalismo. Em São Paulo, manifestantes se concentraram no Largo da Batata, ocuparam a Marginal