Logistica
Companhia do Grupo Cosan deu início a conversas com o governo para estender o prazo de concessão das malhas da América Latina Logística
São Paulo e Rio - A Rumo Logística, controlada pelo grupo Cosan, deu início a conversas com o governo federal para estender o prazo de concessão das malhas da América Latina Logística (ALL), que vencem entre 2026 e 2028, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. As discussões vão ganhar corpo assim que a companhia concluir o processo de incorporação da ferrovia.
O argumento da Rumo é que para fazer os aportes que serão exigidos na nova companhia, que será criada com a incorporação da ALL, seria necessário estender a concessão para que o grupo possa obter o retorno do investimento que será feito na malha ferroviária.
As conversas entre a Rumo e a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) já começaram com consultas informais, segundo fontes ligadas ao governo, e deverão seguir adiante assim que a operação for aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Procurada, a Cosan não comenta o assunto.
Durante as conversas com o governo, a Rumo, controlada pela Cosan, apresentou proposta bilionária de investimento na ferrovia. O orçamento ainda não foi totalmente definido, mas deve ficar próximo de R$ 10 bilhões para os próximos anos.
Não houve no governo sinal de objeção durante essas discussões para estender o prazo das concessões. "A extensão do prazo é factível, considerando que a nova companhia pretende fazer investimentos e tem pela frente um curto período até o fim da concessão", disse uma fonte ligada ao governo.
A ALL opera quatro concessões: a malha sul, que expira em 2027; a malha paulista, que vence em 2028, e é considerada a mais estratégica porque vai até o Porto de Santos; a malha norte, com prazo até 2079, além da malha oeste, até 2026. Juntas, essas malhas somam cerca de 13 mil quilômetros.
No ano passado, o governo federal chegou a ameaçar