manifestações
Com a crítica pesada devido às influências e sofisticação do jazz internacional, em 1964, a Bossa-Nova abre espaço para outros movimentos musicais, como a Música de Protesto, a Jovem Guarda e o Tropicalismo.
A música chamada de Protesto surgiu em oposição à Bossa-Nova – que carregava uma forte influência das canções norte-americanas –, e se caracterizava pelo nacionalismo e contra o domínio cultural imperialista; a esse tipo de composição considerada engajada socialmente, os temas abordados versavam sobre o lavrador sem terra, o retirante na cidade grande, a necessidade de uma reforma agrária e a ideia de uma revolução no Brasil. Nas interpretações de Nara Leão, e composições Zé Kéti (1921-1999), João do Vale (1934-1996) e Geraldo Vandré (1935) o anseio por justiça social estava sempre presente.
O Tropicalismo, movimento que ocorreu entre 1967-1968, caracterizava-se pela relação visual, sensorial e sonora que estava presente em suas composições e apresentações. Apresentava grande mistura de cores, imagens, tecidos, comportamentos, instrumentos elétricos, como a presença da guitarra em suas canções e sua linguagem recebeu enorme influência do Manifesto Antropofágico, de 1928, escrito por Oswald de Andrade. Seu nome nasceu da instalação do artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980), Tropicália. Os cantores-compositores Caetano Veloso (1942) e Gilberto Gil (1942) foram os destaques do movimento, que tinha como proposta buscar a identidade do cidadão brasileiro, do “homem tupiniquim”, combinando o som das guitarras elétricas ao som dos berimbaus brasileiros.