O Brasil esta sendo palco de uma das maiores manifestações já realizadas nos últimos tempos. Só em São Paulo, cerca de 65 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra no aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 3,00 para R$ 3,20. No Rio de Janeiro, cerca de 100 mil participaram da manifestação, sem contar com os atos feitos em Belo Horizonte, Belém, Brasília, Porto Alegre , Recife e outras cidades por todo o país.Os protestos, que vem acontecendo desde o aumento da tarifa , também é contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37, uma lei que, se aprovada, dificultará que agentes do Estado sejam investigados, aumentando a impunidade e a corrupção. Além de outras indignações como a corrupção, a violência, a situação precária da saúde, o descaso com a educação. Essas manifestações já entraram para a história dos grandes protestos que já ocorreram por aqui, como o Diretas Já! (movimento que reivindicava as eleições diretas no país, que estava nas mãos da Ditadura Militar) e os Caras-Pintadas (que exigia o Impeachment do Presidente Fernando Collor de Melo depois de denúncias de corrupção). O descontentamento com o cenário nacional levou às ruas sujeitos de diferentes percursos sociais. O Movimento Passe Livre São Paulo (MPL) chamou mesmo foi para ir até ali na esquina, em passeata pela revogação do aumento da tarifa de ônibus. Mas, a multidão que se foi constituindo nas avenidas vinha com mais fome que os pobres que tem fome na rua. Uma fome velha, sentida, batida, dobrada e redobrada por respeito aos direitos de cidadania plena, pela partilha nas decisões do Estado, por uma vida civil com saúde, trabalho, moradia e educação e, sobretudo, fome de doer entranhas pela moralização na administração política pública. Em Recife não foi diferente na noite do dia 17 de junho , grupos ligados a movimentos estudantis saíram em passeata pelo Centro do Recife, após assembleia realizada no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Católica de Pernambuco