Manifestações Legislativas
Os períodos de movimentação de Copa das Confederações e visita do Papa ao Brasil foram marcados por manifestações populares como, pelo menos para a nova geração, nunca se viu. Jovens de todas as idades nas ruas reivindicando melhorias nas políticas publicas à começar pelos transportes. Na verdade vimos três manifestações publicas, uma que se diz paixão nacional, outra de cunho religioso e outra social. Passados estes episódios. Desculpe, devo corrigir. Passados os episódios de diversão e religião, permanecem ainda as manifestações sociais. Desta vez, não mais nas ruas, mas nas Câmaras Municipais. Somente para citar duas, temos, enquanto escrevo este artigo, as invasões sociais (não me convenci ainda se são sociais em face da quebradeira) nos legislativos de Campinas e Rio de Janeiro. O que me intriga é porque os movimentos persistem exatamente nos legislativos locais? Na verdade, a resposta é obvia! Porque o vereador é a figura política que está mais perto do povo (insisto no tema, pois já escrevi sobre isso). Mas, como toda moeda tem dois lados, vale constatar também que o legislativo é uma das organizações em que o (próprio) povo desconfia, ou não confia. Que paradoxo interessante ou horripilante! Justamente a organização de menor confiança se torna, ainda, palco de manifestações, de recepção, do clamor do povo. Alo, vamos acordar! Se o legislativo se encontra tão em baixa como as pesquisas demonstram e as manifestações persistentes, este passa a ser o fio, único fio, condutor de uma mudança de postura das Câmaras Municipais. Digo isso, pois continuo acreditando piamente que o maior cargo público existente é o do Vereador. Mas algo precisa ser feito, precisa ser resgatado. Veja o exemplo da cidade maravilhosa. O vereador que propôs a Comissão Especial de Inquérito - CEI, para investigar a temática do transporte publico no Rio de Janeiro, ficou de fora da própria CEI. Não que fosse obrigado à participar. Legalmente não é, mas não se