Ao contrário do que alguns pensam, defender os direitos de toda uma nação não é pouca coisa. São milhares de brasileiros com direitos e deveres em busca de um país melhor e mais justo. De início, os protestos tinham como objetivo exigir a diminuição da tarifa de ônibus, hoje, então atendendo o apelo da população, os prefeitos das capitais concordaram em reduzir a tarifa. Só que a partir dai começaram a surgir manifestações consecutivas com uma certa “falta de foco”. Até porque manifestos precisam ter uma pauta. Não terá finalidade alguma ir pra rua a fim de protestar contra TUDO. E principalmente durante a copa das confederações, em todo o país, milhares de pessoas protestavam contra… Contra o quê mesmo? Levando em conta que algumas dessas pessoas eram as mesmas que estavam há um ano atrás torcendo para que o Brasil fosse sede da Copa, vibrando e esperando loucamente que em sua cidade houvesse um jogo da seleção. E que em seguida, culpam esse “circo” pela falta de educação, saúde, moradia no país. Isso não veio com a Copa, já existia. Porém, o povo brasileiro precisava acordar realmente desse coma em que se encontrava, e antes tarde do que nunca. Não tinha ocasião melhor que essa, o mundo todo com a atenção voltada ao Brasil se mobilizando. E eu sinceramente pensei que, com tanta gente mobilizada, as pautas progressistas, tão necessárias e tão ameaçadas, fossem vir à tona: o estado laico, a questão indígena, o meio ambiente, o projeto “cura gay”, o Estatuto do Nascituro. Mas muitas vezes o que vi nas ruas foi um festival de generalizações. Artistas divulgam nas redes sociais frases de efeito vazias: “Ou o Brasil muda ou o Brasil para”, “Ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. Essas palavras podem soar bonitas, mas não significam nada na prática. São apenas slogans escritos em uma cartolina por pessoas despolitizadas que não parecem genuinamente comprometidas com o País. Excluíram as bandeiras dos partidos de esquerda do movimento para que ele fosse