Manejo reprodutivo
Em 1998 o Brasil teve um déficit na balança comercial de lácteos da ordem de 500 milhões de dólares, sendo considerado então um dos maiores importadores de leite do mundo . Em 2004, somente 6 anos depois, o Brasil tornou-se pela primeira vez em sua história superavitário no mercado de lácteos, atingindo saldo positivo de 11,5 milhões de dólares.
No mercado interno o consumo per capita também cresceu, apesar de ainda ter reagido pouco face ao grande potencial existente .
Infelizmente, o mercado não foi capaz de absorver todo excedente de produção e o setor entrou em crise, reduzindo o preço médio pago ao produtor .
Para que os produtores mantenham-se e compitam no mercado é necessário aumentar produção, produtividade, qualidade de leite e diminuam custo de produção. Produção de leite pode ser aumentada através de maior número de animais na composição do rebanho e/ou elevando-se produtividade por vaca/dia. O aumento da produtividade do rebanho leiteiro pode estar relacionado com planejamento adequado das instalações, que quando realizado de forma adequada diminui custos de produção, pois ocorre maior eficiência da mão-de-obra, conforto animal, salubridade e produtividade dos animais .
Percebe-se aumento crescente na preocupação com conforto animal, pois no Brasil há predominância do clima tropical, ou seja, elevadas temperaturas médias, que implicam desconforto térmico para vacas leiteiras especializadas . Alterações nas condições fisiológicas e declínio da produção podem ser causados por adversidades climáticas.
Assim, o clima pode influenciar de forma direta e indireta as condições ambientais e conseqüentemente o desenvolvimento animal.
Temperatura do ar, radiação solar, umidade relativa e vento podem ser citados como influências diretas, pois, estes componentes acondicionam funções orgânicas envolvidas com manutenção do equilíbrio térmico do corpo dos animais .
O correto manejo das pastagens pode reduzir custos de produção do leite, pois