Um projeto de curral para o manejo de bovinos de corte: reduzindo os custos e melhorando o bem‐estar animal e a eficiência do trabalho. Mateus J.R. Paranhos da Costa (Grupo ETCO, Departamento de Zootecnia, FCAV‐UNESP, Jaboticabal‐SP) e Murilo H. Quintiliano (FAI do Brasil, Grupo ETCO e BEA Consultoria e Treinamento) Em uma época em que muitos pecuaristas têm dificuldades de realizar investimentos em infra‐ estrutura, é mais difícil abordar temas sobre a adequação de instalações e equipamentos. O objetivo desse artigo é justamente mostrar que existem alternativas técnica e economicamente viáveis que permitem a construção de um curral e a adoção de boas práticas de manejo de bovinos de corte sem a necessidade de grandes investimentos e nem de soluções “mirabolantes”, evidenciando que, muitas vezes, soluções simples podem ser muito eficientes. O primeiro passo: ao pensarmos na construção de currais para o manejo de bovinos de corte, devemos deixar de lado o conceito de que eles devem ter grande capacidade de “armazenagem” de animais e que devem ser sempre construídos para resistir à extrema pressão (exercida pelos animais), utilizando‐se materiais de pesados e estrutura muito reforçada. A mudança nesse conceito deve ser feita a partir da adoção de boas práticas de manejo no curral, com a implementação de boas rotinas de manejo, que tenham em conta o comportamento e o bem‐estar das pessoas e dos animais para definição do dia a dia de trabalho na fazenda. É evidente que a manutenção dos bovinos nos currais por longo tempo, principalmente quando mantidos em alta densidade, gera dificuldades de manejo e aumenta a necessidade de manutenção das instalações. Um exemplo claro disso é a formação de lama, que ocorre principalmente devido ao excesso de pisoteio e acúmulo de urina e fezes, resultantes do longo tempo que os