mal formações congênitas
A fenda labial é a anomalia do maciço ósseo facial mais frequente ao nascimento. Ela pode ser completa ou incompleta, unilateral ou bilateral, simétrica ou assimétrica e estar associada ou não à fenda palatina. Apesar de muitos casos de fendas faciais não cursarem com outros defeitos ou problemas genéticos associados, sabe-se que o prognóstico fetal se altera profundamente quando estão presentes outras malformações associadas ou aberrações cromossômicas ou, ainda, doenças gênicas.
A fenda palatina, também chamada de fissura palatina, é uma anormalidade genética que ocorre durante a formação e desenvolvimento fetal, caracterizada pela presença de comunicação buco-nasal, em consequência da perfuração do palato (duro ou mole), onde é possível observar o septo nasal, assim como as conchas inferiores.
Embora a fenda palatina e o lábio leporino (fissura labial) possam ocorrer em associação, ambas possuem origens embrionárias diferentes. Deste modo, isoladas as fissuras do palato duro e mole (sem fissura labial), deverão ser consideradas como entidades distintas daquelas associadas com fissura do lábio ou uma fissura labial maxilar. Isoladamente, as fissuras do palato duro e mole representam entre 25% a 30% de todos os casos de fissura. Clinicamente, a fenda palatina varia de uma úvula bífida, até completa fissura de palato mole, por meio de fissura completa ou incompleta, tanto do palato duro quanto do mole.
No caso de fissuras no palato mole, esta pode resultar em alterações fisiológicas da tuba auditiva levando a anomalias do ouvido médio e dificuldades auditivas. O início das manifestações clínicas nas crianças ocorre na fala, com hipernasalidade, em consequência da insuficiência velofaríngea. Nos casos mais graves, fenômenos compensatórios glóticos podem causar a produção de uma respiração pesada. Já foram descritas também formas sindrômicas, como a Síndrome de Pierre-Robin, Síndrome de van der Woude, Síndrome Otopalatodigital e Síndrome