Maio de 1968
A década de 1960 foi marcada por inúmeras revoltas populares mundo a fora, para entender esses eventos, é necessário lembrar o contexto da época: o fim da 2ª Guerra (1945) gerou inúmeras mudanças na vida das pessoas de todo o mundo, era o auge da Guerra Fria e movimentos de contestação ao sistema (contracultura) surgiam por todo o globo. A sociedade francesa da época era extremamente conservadora, mantinham conceitos que não acompanhava a modernidade da época, o governo de Charles de Gaulle era marcado pelo autoritarismo militar e seus conceitos. Os acontecimentos de maio não foram previstos pelos estrategistas do capital, nem na França nem em nenhum outro lugar. Não foram previstos pelos dirigentes estalinistas nem pelos reformistas.
O 'início' de maio
O começo de tudo foi uma série de conflitos entre estudantes e autoridades da Universidade de Paris, em Nanterre, cidade próxima à capital francesa. No dia 2 de maio de 1968, a administração decidiu fechar a escola e ameaçou expulsar vários estudantes acusados de liderar o movimento contra a instituição. As medidas provocaram a reação imediata dos alunos de uma das mais renomadas universidades do mundo, a Sorbonne,em Paris. Inicialmente, tratava-se de um movimento estudantil em prol de melhores condições no ensino, além de quererem chocar com os conceitos 'antiquados' da sociedade francesa.
Logo no início das manifestações, o PCF (Partido Comunista Francês) começou a ter participação. Afinal, uma das lutas era o sistema capitalista vigente, a França ainda carregava fortes características econômicas do fim do século XIX. De imediato o movimento ganhou inúmeros apoiadores de todas as classes sociais, estudantes, trabalhadores, jovens e adultos. Eles queriam alterações no governo de Charles de Gaulle.
Revolução
As manifestações se espalharam por toda França e em pouco tempo para outros países da Europa, embora não houvesse um motivo exato pelo movimento, foram organizadas greves. Sob a liderança de