Macroeconomia
Além de causar o empobrecimento da biodiversidade e contribuir para a concentração de gás carbônico na atmosfera, o fim das formações naturais destrói o hábitat de insetos e outros animais, que se tornam vetores de doenças, e ameaça os mananciais. Estudar essa questão e refletir sobre ela com base na leitura de mapas é a proposta do projeto didático que acompanha esta reportagem (leia o projeto didático).
OCUPAÇÃO IRREGULAR - Represa Billings, em São Paulo: vítima da expansão urbana. Foto:Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental
Veias abertas
Na Amazônia, a devastação se intensificou na década de 1970, quando o governo estimulou a ocupação da Região Norte, incentivando a população de outras localidades a desbravar a floresta. Assim, estradas foram abertas para facilitar o acesso. Adriana Ramos, coordenadora do Instituto Socioambiental, afirma que 75% da degradação ambiental ocorreu numa faixa de 100 quilômetros de largura ao longo das rodovias.
Já o cerrado tem na cultura de soja a principal causa de seu desaparecimento. A organização não-governamental Conservação Internacional estima que o Brasil pode perder essa formação vegetal até 2030 se o modelo de desenvolvimento do país for mantido. Mato Grosso concentra a maior área plantada. "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem