Macro
O emprego na indústria brasileira caiu 0,2% em julho na comparação com junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com igual mês de 2012, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,8% - esta é a
22ª variação negativa seguida neste tipo de comparação e a mais intensa desde fevereiro
(-1,2%).
Nessa base, o contingente de trabalhadores sofreu redução em 12 das 14 áreas pesquisadas, sendo que o principal impacto negativo veio do Nordeste, com queda de
4,3%. A região registrou taxas negativas em 12 dos 18 setores analisados, com destaque para as indústrias de calçados e couro (-8,3%), alimentos e bebidas (-3,6%) e minerais não-metálicos (-7,4%). O IBGE também destacou os resultados negativos na Bahia (7,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Pernambuco (-5,3%).
O número de horas pagas também caiu pela terceira vez seguida em julho em relação ao mês anterior, 0,3%. Sobre julho de 2012, a taxa mostrou queda de 0,8%, segundo recuo seguido e o mais forte desde março (-1,4%). As principais influências negativas vieram de calçados e couro (-7,4%), produtos de metal (-4,3%), máquinas e equipamentos (-2,4%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,7%).
Em julho, a produção industrial brasileira voltou a mostrar fraqueza, registrando queda de
2% pressionada principalmente por bens de capital. As perspectivas para o setor ainda não são animadoras. Para agosto, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado pela
Fundação Getulio Vargas renovou o menor nível desde julho de 2009 ao recuar 0,6%.
E a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que o setor industrial registrou contração pelo segundo mês seguido em agosto, em meio à queda da produção e no volume de novos pedidos.
Fonte: www.terra.com.br