machismo
AI-1: Redigido por Francisco dos Santos Nascimento , foi editado em 9 de abril de 1964 pela junta militar. Passou a ser designado como Ato Institucional Número Um ou AI- 1, somente após a divulgação do AI-2. Com 11 artigos, o AI-1 dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública. Determinava eleições indiretas para a presidência da República no dia 11 de abril, estipulando que fosse terminado o mandato do presidente em 31 de janeiro de 1966, quando expiraria a vigência do ato. Como se sabe hoje, sobretudo pelas muitas entrevistas do jornalista Geneton de Morais com membros do regime militar, realizadas em 2010 e 2011, o Marechal Castelo Branco e Tancredo Neves, que participaram do movimento político-militar de 1964, pretendia realizar pleito universal e direto para a Presidência da República em 1966. Pretendia também elaborar projeto para que se elegessem delegados para uma Assembleia Constituinte . O Golpe Militar de 1964 foi na realidade um movimento político-militar, bastante amplo e que se estendeu por largos segmentos da sociedade civil e empresarial do Brasil, e contou com o apoio de diferentes políticos de direita, de centro e mesmo de esquerda, antagônicos ao governo do Presidente João Goulart Os militares de 1964, e muitos ainda hoje em dia, referem-se a esse episódio como Revolução, ao contrário de muitos historiadores contemporâneos que preferem qualificar esse período como Regime Militar, evitando a palavra ditadura (pois houve inicialmente uma considerável preservação de certas liberdades civis) , evitando também Golpe (pois foi mais do que golpe na medida que mudou toda a conjuntura de poder) e evitando Revolução (o que não foi tampouco, pois não