Lógica
Aristóteles (384-322 a.C.) é considerado por muitos como o criador, ou fundador, desse ramo da filosofia (Smith [2007]). No entanto, reconhece-se hoje que, antes de Aristóteles, houve pelo menos duas grandes escolas que foram importantes para o surgimento da lógica.
A primeira situa-se na escola de Eléia, tendo como figura principal (no que concerne à lógica) Zenão de Eléia (490-430 a.C.) que foi um homem dotado de grande força moral, era um filósofo, discípulo de Parmênides. Na discussão filosófica entre os adeptos de um e de outro enfoque, Zenão de Eléia construiu argumentos que procuravam demonstrar a insubsistência das idéias opostas ás Parmênides, em ambos os argumentos Zenão parte da idéia de continuidade do espaço para provar a inexistência do movimento. O eleata não errou ao demonstrar a inexistência do movimento, pois a lógica não confere, necessariamente com a realidade. A lógica é uma maneira específica de pensar; melhor dizendo, de organizar o pensamento. (COELHO, Fábio Ulhoa. Roteiro da lógica Jurídica. p.1).
Famosos paradoxos fizeram uso de um tipo de argumentação que originou uma forma de inferência que ficou conhecida como redução ao absurdo, que foi posteriormente incorporado como uma das formas de inferência características daquela que ficou conhecida como lógica clássica.
A segunda fonte é ainda anterior, e remonta aos pitagóricos, por volta do século V antes de Cristo, a escola pitagórica, que tem em Pitágoras (c. 570-490 a.C.) o seu mestre, era na verdade um misto de seita religiosa e de ensinamentos de filosofia, matemática e comportamento social. Os pitagóricos fizeram grandes avanços para a matemática da época, dando uma grande contribuição, por exemplo, para estabelecer o modo de questionamento grego da procura por provas (demonstrações) para os fatos matemáticos, como exemplifica o famoso Teorema de Pitágoras, cujo resultado já era conhecido pelos babilônios. (KRAUSE, Décio. Lógica e ontologia. p.2).