Lógica e argumentação resumo
A lógica formal, assim como várias ciências, originou-se da filosofia. Até os dias atuais permanecem atreladas, senso que é uma das principais divisões da filosofia, juntamente com a estética, ética, metafísica e teoria do conhecimento. Há quem argumente que é parte da matemática, da psicologia ou que seja uma ciência independente. Todavia não é coincidência que a maioria dos cursos universitários e manuais de filosofia reservem uma seção para o estudo da lógica. O papel da lógica é estudar as regras de julgamento correto, o que é utilizado como embasamento por várias áreas do conhecimento e principalmente pela filosofia (pelo caráter reflexivo e não experimental de ambas).
Não é necessário ser um lógico ou conhecer a lógica formal para pensar logicamente e argumentar, entretanto a lógica formal fornece ferramentas para classificar e analisar com mais clareza a correção dos argumentos. A forma básica do argumento, proposta por Aristóteles, é o silogismo exemplificado por 1: Todo A é B, 2: C é A,3: logo C é B. Onde 1 e 2 são premissas, isto é, os princípios que dão suporte ao raciocínio e 3 é a conclusão, ou seja, uma afirmação baseada nas premissas do mesmo argumento. Mesmo que não tenham a forma silogística os argumentos são compostos de premissas e conclusão. Argumentos são classificados em dedutivos e indutivos. Os primeiros possuem uma forma que preserva a verdade, se suas premissas forem verdadeiras a conclusão também será, pois as premissas explicitam os fundamentos para a conclusão. Partem de uma proposição mais geral para uma mais particular. Argumentos dedutivos que não cumprem sua função são denominados inválidos, enquanto os competentes são válidos. Argumentos indutivos contêm em suas premissas apenas indícios e probabilidades para a conclusão, podem partir de uma proposição mais particular para uma mais geral. Argumentos ainda podem ser classificados em necessariamente válidos, quando preservam a verdade e dedutivamente