Lírica
Camões é não só considerado o maior lírico português, mas também um dos maiores líricos de todos os tempos. Na sua lírica coexiste a tradição poética nacional e a novidade do estilo novo renascentista. Por outras palavras, Camões assume a nova poética clássica com moderação sem romper com a velha tradição lírica galaico- portuguesa. Na sua poesia coexistem, pois os velhos e os novos géneros, os velhos e os novos metros, as novas e as velhas convenções literárias. Como tal, destacam- se no seu lirismo duas correntes poéticas: Tradicional Medida Velha,* já cultivada no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (cantigas, vilancetes, esparsas e trovas ), com versos de 5 ou 7 sílabas. São normalmente poemas de circunstância, por vezes convencionais e engenhosos; por outro lado:
Clássica - Medida Nova,* de origem italiana introduzida por Sá de Miranda. Esta inovação trouxe o decassílabo e abriu as portas ao Soneto, à Canção à Ode, etc.
No conjunto da sua lírica Camões privilegia variados temas.
Temas da Medida Velha: - o mar; - a fonte; - coisas de folgar; - queixumes do coração; - olhos verdes; - futilidades;
Além de outras composições que são o resultado das circunstâncias da vida do poeta e da sua experiência. Pode-se dizer que a sua poesia se