Líquidos serosos
LÍQUIDO PERICÁRDIO E PERITONEAL
Ao contrário da urina e do sangue, esses líquidos não são de fácil colheita e nem sempre estão disponíveis em grandes quantidades; por isso, deve-se ter o máximo cuidado para garantir que de uma amostra se obtenha o maior número possível de informações. Esse objetivo só é atingido quando o pessoal do laboratório tem perfeito conhecimento desses líquidos, e de tudo o que implica a sua análise, como composição, métodos especiais e de rotina, quadros clínicos relacionados e quaisquer precauções específicas que devam ser tomadas em sua manipulação. A tendência a tratar os vários líquidos do organismo da mesma forma como são tratadas as amostras de sangue é frequente fonte de erros; ao contrário, deve-se dispor de métodos específicos para cada líquido.
LÍQUIDOS SEROSOS
As cavidades fechadas do organismo (pleural, pericárdica e peritoneal) são revestidas por duas membranas conhecidas como serosas. Uma delas reveste as paredes da cavidade (membrana parietal) e a outra cobre os órgãos do interior da cavidade (membrana visceral). Tem o nome de seroso para lubrifica-las, já que as duas superfícies entram em contato durante o movimento. Normalmente sua quantidade é pequena, pois as velocidades de produção e de reabsorção são proporcionais.
Os líquidos para exame laboratorial são colhidos por aspiração com agulha nas respectivas cavidades. Esses procedimentos são conhecidos como pericardiocentese (pericardial) e paracentese (peritoneal). Geralmente a quantidade colhida é grande, para que fiquem disponíveis amostras adequadas a cada seção do laboratório. Para a contagem celular, é necessária uma amostra com anticoagulante; para cultura, um tubo estéril; para as análises bioquímicas, uma amostra heparinizada. Também é preciso colher uma amostra não heparinizada para a observação de coagulação espontânea. Antes dos exames microbiológico e citológico, grande quantidade de líquido deve ser concentrada.
TRANSUDATOS E EXSUDATOS São