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Resenha a economia brasileira, de Werner Baer
Luiz Carlos de Brito Lourenço* neste livro as políticas econômicas brasileiras relacionadas ao desenvolvimento econômico, empreendidas a partir da 2ª. Grande Guerra e que cumpriram cinco décadas até a publicação do livro em 1995.1 Nesta terceira edição brasileira
(traduzida a partir da 4ª. edição nos EUA), o autor premia o leitor dessa óptica da realidade brasileira com um diagnóstico conciso dos consequentes fenômenos socioeconômicos, encerrado em 2007, quando comenta o dilema entre
Baer encontra-se entre os estudiosos norte-ame- ortodoxia macroeconômica e redistribuição. ricanos das economias brasileira e latino-americana, juntamente com Howard Ellis, William Conceitua industrialização como sendo o proGlade, William Tyler e Joel Bergsman e outros cesso econômico no qual a indústria é “o prinbrazilianistas como Thomas Skidmore, Stanley cipal setor de crescimento da economia e que
Stein e Alfred Stepan. No Brasil, produziu tra- gera mudanças estruturais pronunciadas”. Alterbalhos em conjunto com Aníbal Villela (Ipea) e nativamente, pode-se verificar a ocorrência no
Fernando Homem de Melo (USP) e o seu inte- curso da industrialização também se realizado resse pelo estudo da inflação brasileira levou-o um avanço em direção a um equilíbrio entre os a Isaac Kerstenetzky (ex-presidente do IBGE) e diversos ramos da produção industrial, sem a
Mário Henrique Simonsen (ex-ministro da Fa- preponderância absoluta de um segmento sobre zenda), eméritos professores da EPGE/FGV- os demais, caracterizando-o por um fenômeno
Rio, que, como Baer, alertaram sobre os riscos além de um caso particular. Não se confunde da concentração de renda no país. Semelhante com “desenvolvimento industrial”, pois este reexperiência repetiu entre 1976 e 1978, ao escre- flete um movimento de organização das primeiver sobre a urbanização e as dimensões do de- ras unidades