Língua e Variação Saussure, retomando conceitos da Linguística, estabeleceu relações entre língua e so-ciedade, mas não a utilizou como objeto de estudo. Em suas definições ele opôs língua a fala. O lingüista definiu língua como um elemento social da linguagem, significando desta forma um sistema comum à todos, adquirido no convívio social. Em busca de novas concepções, na década de 60 surgiu a Sociolinguística, um novo ramo que estudara as relações entre língua e sociedade. Para objeto de demonstração utilizaremos desses conceitos surgidos. A língua não é utilizada em homogeneidade por todos utilitários. O uso dela é repleta de variações, uma propriedade inseparável de qualquer língua, exceto uma língua “morta” , ela têm sua variação de acordo com o decorrer de épocas, varia de região para região , idades distintas, sexo, necessidades dos utilitários e até mesmo as dis-tintas classes sociais. Um mesmo indivíduo não utiliza a língua de maneira única, ele mesmo pode varia – lá. "Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.(...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção." (Celso Cunha, em Uma política do idioma) Para conceituar a Variação Linguística é indispensável ressaltar: . A variação da língua está presente em todos os padrões da realização da lingua-gem; . As diferentes línguas do mundo não se apresentam de maneira única em seu ter-ritório; . A variação lingüística acontece por conta do emitente, e por conta do receptor; . O uso variado da língua não se transmite de maneira hierárquica; . São alguns fatores de variação: região, sexo, faixa