Língua Mirandesa
Fonética Experimental I
Anastasiya
Tatiana
Índice
1. Introdução
Em Portugal, ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, não se fala apenas uma língua (o português europeu). Existe outra língua, que embora não seja tão vastamente falada, não deixa de ser igualmente importante. Esta língua é o Mirandês - língua oficialmente reconhecida desde 29 de Janeiro de 1999, pela lei n.º 7/99.
2. Evolução histórica
O latim chegou à Península Ibérica em 128 a.C., com a chegada dos romanos. Durante a ocupação romana e em períodos anteriores, a região de Miranda era ocupada pelas tribos Zoelas.
O território denominado civitas zoelorum (limitado por: serra da Coroa, Nogueira e Montesinho, depressão de Bragança, o planalto de Parada/Izeda, planalto Mirandês e terra de Aliste) organizou-se em torno do núcleo étnico pré-romano dos Zoelas, uma tribo já fortemente aculturada no século II, no entanto sem que a sua identidade linguística tenha sofrido diferenças significativas.
O latim que começou a ser falado nesta região, denominado normalmente como latim bárbaro, apresentava características muito próprias devido à:
Influência do latim trazido pelas legiões romanas (influenciado pelas línguas dos seus componentes, de diversas regiões do império, uma vez que nesta altura, muitos elementos do exército não eram romanos);
Integração de novos elementos (palavras expressões e outros elementos) na língua pelas pessoas da região.
As invasões dos povos bárbaros vindos da Europa em 405 d.C. trazem consigo as suas línguas que influenciam o latim falado nesta região, introduzindo muitas palavras godas, formando-se entre os séculos VI-VIII o denominado romance visigótico, com características particulares que se iram transmitir para as diversas línguas formadas na Península Ibérica.
A chegada dos Mouros no século VIII, tendo este povo permanecido na Península até ao século XV, também deixou a sua marca linguística,