teste de proficiencia
O mirandês tem três subdialetos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou sendinês); os seus falantes são em maior parte bilíngues ou trilíngues, pois falam o mirandês e o português, e por vezes o castelhano.
Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintácticos ou vocabulares das diferentes línguas; o português é mais cantado pelos mirandeses, porque é considerado língua culta, fidalga, importante.
Escrita[editar | editar código-fonte]
Tendo a língua mirandesa uma forte tradição oral, passando de pais para filhos ao longo dos tempos, só em 1882, por José Leite de Vasconcelos, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português, começou a ser investigada e fixada em escrita. Ele abre a História literária mirandesa publicando, na obra Flores Mirandesas, poesias suas e de Camões, e contos, histórias, lendas, fábulas, provérbios, adivinhas, cantigas de amor, de humor, de devoção, etc., das aldeias de Miranda; escreveu ainda o ensaio "O Dialecto Mirandês", com o qual ganhou um prémio da Sociedade das Línguas Românicas de Montpellier (França), e os Studos de Filologie Mirandesa, volumes I e II, 1901.
Entre outros, seguiram os passos de José Leite de Vasconcelos, estando agora a escrita a florescer:
Manuel Sardinha (tradutor de poesias de Antero de Quental)
Bernardo Fernandes Monteiro (tradutor dos quatro Evangelhos, quase totalmente inéditos, tendo Trindade Coelho publicado excertos nos jornal "O Repórter", em 1896, e Gonçalves Viana outros na "Revista de Educação e Ensino" com texto por ele revisto;