Luteranismo
O luteranismo é um ramo do cristianismo ocidental, identificado pela teologia de Martinho Lutero, pioneiro da Reforma da Igreja Católica na Alemanha, sendo a base teológica de todas as Igrejas Luteranas no mundo todo. Os esforços de Lutero para reformar a teologia e a prática na Igreja Católica deram início à Reforma Protestante, a partir de 95 Teses escritas em 1517, que foram disseminadas internacionalmente, difundindo as idéias da Reforma além da capacidade de controle por parte das autoridades governamentais e eclesiásticas. A divisão entre os Luteranos e os Católicos Romanos iniciou-se com o Édito de Worms,de 1521 que condenou Lutero e oficialmente proibiu cidadãos do Sacro Império Romano de defenderem suas idéias. A divisão é centrada na Doutrina da Justificação. “O Luteranismo defende a doutrina da justificação “pela graça, somente através da fé em Cristo”, o que ia contra a visão católica romana da” fé formada pelo amor “ou " fé e obras ". Ao contrário das Igrejas Reformadas, os luteranos mantêm um alto respeito pela autoridade dos Padres da Igreja, bem como por muitas das práticas litúrgicas e ensinamentos sacramentais pré-Reforma da Igreja Católica, com particular ênfase a Eucaristia, ou Santa Ceia. A Teologia luterana difere da Teologia Reformada na Cristologia, na finalidade da Lei de Deus, na graça divina, no conceito de perseverança dos santos e na predestinação. Como na maioria ramos do cristianismo, o luteranismo é dividido entre os campos Liberal e Conservador/Confessional.
Etimologia
O termo "luteranismo" foi cunhado como um termo pejorativo usado contra Lutero por Johann Eck, durante o Debate de Leipzig, em julho de 1519.
Lutero não concordava com o termo, descrevendo o movimento reformista como "Evangélica palavra derivada do grego "εὐαγγέλιον", cujo significado é "boas novas". Os luteranos passaram a se auto-denominar assim apenas após o século XVI com o intuito de se diferenciar de outros grupos como os Calvinistas. Em