Lusíadas
Os Lusíadas se organizam tradicionalmente em cinco partes:
1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3), em que o poeta apresenta o que vai cantar, ou seja, os feitos heróicos dos ilustres barões de Portugal.
2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5), O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão inspirá-lo na composição da obra.
3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18), em que o poeta dedica seu poema a D. Sebastião, rei de Portugal.
4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao oriente. Essa é, portanto, a parte mais longa do relato.
5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156), é a conclusão do poema, em que o poeta demonstra cansaço e, em tom melancólico, aconselha ao rei e ao povo português que sejam fieis à pátria e ao cristianismo.
A narração de Os Lusíadas consiste, portanto, na maior parte do poema. Vasco da Gama e sua frota se dirigem para o Cabo da Boa Esperança, com o intuito de alcançarem a Índia pelo mar. Auxiliados pelos deuses Vênus e Marte e perseguidos por Baco e Netuno, os heróis lusitanos passam por diversas aventuras, sempre comprovando seu valor e fazendo prevalecer sua fé cristã. Ao pararem em Melinde, ao atingirem Calicute, ou mesmo durante a viagem, os portugueses vão contando a história dos feitos heróicos de seu povo. Os Lusíadas apresentam um ecletismo religioso bastante curioso. Mescla a mitologia greco-romana a um catolicismo fervoroso.