Luiz
Soren Kierkegaard
Prólogo
A Lua estava cheia e gigante, mas nesta noite em especial a lua cheia não me trazia paz, pelo contrário me trazia uma sensação tensa e de terror, eu estava em um campo,um campo que era distante de tudo, civilização, estrada ou qualquer outra coisa que me pudesse dar alguma segurança, próximo a uma floresta inquietante, sombria, quando o nevoeiro começou a ficar mais denso.
Tenho um mal pressentimento.
De um lado eu tinha um campo imenso e aberto, que não se via o fim e do outro, à alguns poucos metros uma floresta negra e obscura, que sob aquela lua e aquela noite ficava pior ainda.
Enquanto a sensação ruim tomava conta do meu ser eu analisava o que podia fazer ali. No entanto cheguei a conclusão de que nada ali me salvaria, nada me deixaria segura. O silêncio absoluto me fazia pensar mais ainda, pois nem uma coruja sequer ou uma cigarra se ouvia naquele lugar.
De repente escuto um grito estridente vindo do alto, do céu. Meus reflexos pediam pra que eu corresse o mais rápido possível. Olhei para o alto e vi uma criatura que parecia uma mulher de longos cabelos negros, mas ela possuía asas de morcego, garras grandes no lugar de seus pés e olhos vermelhos. Não consegui ver muitos outros detalhes pois ela mergulhou para me pegar, assim como uma águia mergulha para pegar sua presa.
Corri desesperadamente, para que ela não conseguisse me pegar, para a floresta que estava próxima, mas nunca o próximo esteve tão longe como naqueles segundos em que eu tentava fugir daquele ser infernal. Quando eu estava chegando na floresta sinto, garras pegando em meus ombros e meu corpo saindo do chão. Tento me soltar, mas não consigo. Então desesperada com a altura que eu ia alcançar, mordi a pata que me segurava com suas grandes e afiadas garras. De imediato ela me soltou, mais uma vez fazendo aquele som estridente.
Como eu não