Luis de camões
No renascimento, o homem deixou de pensar em Deus como o centro do universo, ou seja, o teocentrismo, e começou a pensar no homem como o centro de tudo, ou seja, antropocentrismo. Nesta altura dava-se imenso valor ao homem, e o homem perfeito não era apenas um homem bravo, corajoso e forte. Ou um homem culto, sábio e estudioso. Era um misto. O ideal de homem do renascimento era o homem culto e bravo, como dizia camões "numa mão a espada e noutra a pena". O homem tinha de ser completo, uma mistura de homem grego e romano.
1524 ou 1525: Datas prováveis do nascimento de Luís Vaz de Camões.
1549: Embarca para Ceuta; perde o olho direito numa escaramuça contra os Mouros.
1551: Regressa a Lisboa.
1552: Numa briga, fere um funcionário da Cavalariça e é preso.
1553: É libertado, embarca para o Oriente.
1556: É nomeado provedor-mor em Macau; naufraga nas Costas do Camboja.
1562: É preso por dívidas não pagas; é libertado pelo vice-rei Conde de Redondo e distinguido seu protegido.
1567: Segue para Moçambique.
1572: Sai a primeira edição d'Os Lusíadas.
1579 ou 1580: Morre de peste, em Lisboa.
A Fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Cánace, que à morte se condena,
Nũa mão sempre a espada e noutra a pena
"A Fortuna me traz peregrinando": é o "porque ficasse a vida Pelo mundo em pedaços repartida" da Canção IX; "Qual Cánace, que à morte se condena": filha de Éolo. Suicidou-se a conselho do próprio pai, por ter cometido incesto com um irmão. Quando estava para fazê-lo escreve uma carta "com a pena na mão direita e a espada desembainhada na outra". Cânace foi forçada pelo seu pai (que lhe enviou uma espada) a cometer suicídio como punição pelo facto de ter mantido