“Erros de escrita e mercado de trabalho”
A educação no Brasil é um desejo antigo. À bem da verdade se viajarmos para o passado poderemos entender a raiz do problema. A coroa portuguesa não queria que
crescêssemos intelectualmente, achava que era um perigo, ao contrário dos americanos que punia os pais que não educavam seus filhos os portugueses desconfiavam da educação – talvez já houvessem escutado que a educação liberta. Até o século XVIIII era proibida a divulgação de livros, para que fossem lançados tinham que ter o aval da igreja e o carimbo do governo. E isso, de certa forma, se arrasta até os dias atuais. Infelizmente, ainda existe o analfabetismo. Apesar da mídia sempre nos apresentar pesquisas informando que o analfabetismo está caindo a cada ano, quando analisamos minuciosamente percebemos que essa “verdade” não é real. Importam-se muito que as pessoas saibam ler e escrever (assinar o próprio nome), mas se importam pouco em alicerçar as bases da educação primária, em estimular a leitura, fazer com que as nossas crianças, desde cedo, consigam fazer interpretação de textos – fabricando assim os “analfabetos funcionais”, que até sabem ler e escrever, porém não conseguem interpretar. Isso não é só uma falha dos professores, ou do governo, ou das famílias na sociedade contemporânea, mas de todos nós. Associamos qualidade na educação com professores na sala de aula, sendo que esta possibilidade fica rara com professores estando em sala de aula três vezes ao dia, trabalhando excessivamente, e este se esforça para multiplicar o salário que recebe para sobreviver. Além disso, há um desencantamento de muitas pessoas com a profissão, fazendo com que futuros professores escolham outras profissões (preferencialmente na área industrial, que concorre com muitas vantagens para os funcionários). As soluções para a mudança dos quadros apresentados devem começar dentro de nossas casas com o incentivo à leitura e interpretação de textos, não só para as nossas crianças,