Lugar, produção e cenografia
FRAMPTON, Kenneth. “Lugar, produção e cenografia: prática e teoria internacionais a partir de 1962”. In: FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 341-380.
Resumo:
O autor começa sua análise sobre a arquitetura moderna, que segundo aquele, esta tem origem em meados do século XVIII, época em que os arquitetos começaram a questionar os cânones de vitrúvio (utilidade, solidez e beleza), Claude Perrault foi um dos precursores ao levar em consideração a relatividade cultural e ao elaborar sua tese de positividade e beleza arbitrária, seguido dos estudos que tinham como objetivo reavaliar e obedecer aos princípios relativos à Antiguidade, o que favoreceu o surgimento de um estilo autêntico. Já Cordemoy, substituiu os cânones vitruvianos por ordem, distribuição e conveniência, onde se preocupava com a pureza geométrica e defendia que muitas construções não necessitavam de ornamentação, assim como na catedral gótica e no templo grego. A arquitetura neoclássica apresenta uma relação entre o homem e a natureza onde o homem exerce o controle.
Durante o século XX, os novos edifícios baseados na herança neoclássica, davam ênfase à estrutura na linha de Cordemoy e à forma na linha de Ledoux. Houve um empobrecimento do ambiente pela arquitetura, devido à racionalização dos tipos e métodos de construção, como também do material, a fim de economizar. Devido a essa ideologia a arquitetura simboliza o poder da razão através da racionalidade, assim ocorreu a necessidade de novas idéias criativas para organizar o espaço construído de forma concreta. O isolamento da sociedade e a vulgarização da arquitetura tornaram os elementos arquitetônicos insignificantes, fazendo com que a cidade ficasse perdida.
A construção em concreto ganhou impulso a partir de 1900, quando passou a ser visto como elemento expressivo. Alguns anos depois surgiu o concreto protendido que era bem mais econômico e