trabalhos-Gean
2) Paulo estava motivado por suas convicções teológicas. Sua ação missionária era produto dessas convicções. A primeira dessas convicções era de que os últimos dias já haviam começado, compreendia sua época como o inicio de um tempo especial na historia. Entendia que era na Igreja que as antigas promessas encontravam consumação. Tinha consciência de que Cristo o havia chamado para ser um instrumento pelo qual a edificação da Igreja ocorreria, no sentido de que esta era a edificação cujo fundamento é o próprio Cristo. O apostolo utiliza muito a palavra edificação, nas dimensões de expansão, de crescimento e de adição. Podemos dizer que não há diferença no pensamento de Paulo e nem em sua pratica, entre o fazer a Igreja se expandir e o enraizá-la, fundamentá-la e fortificá-la. Ele não via qualquer contradição entre a atuação de Deus em fazer a Igreja crescer, e a sua responsabilidade de empregar todos os esforços para isto. Paulo atribui a Cristo o poder, a energia e o crescimento da Igreja. As missões são obras de Deus, continua com Ele e termina Nele. Vemos neste homem a conjugação da convicção na soberania de Deus e da responsabilidade da Igreja de anunciar o Evangelho ao mundo. Por vezes essas duas coisas tem sido divididas em pratica e reflexão. A crença na soberania de Deus, na doutrina da predestinação, é a única base que podemos ter para persuadir os homens. No livro de Atos, o crescimento da Igreja é descrito como sendo a multiplicação da Palavra ou ainda o crescimento da Palavra de Deus. Era por esta palavra que a Igreja seria edificada, expandida e fundamentada até alcançar o maior numero possível. A atividade de Paulo era produto da sua teologia. Este escolhia centros estratégicos, percorrendo as estradas romanas anunciando o