lucro
Escrito por:
William A. Sahlman e Alison Berkley Wagonfeld
Pottsville não tem fama de ser agradável no inverno — disse Wayne Moriarty enquanto estacionava o carro no centro de distribuição da BaldwinFarms na costa leste dos Estados Unidos.
Diretora de operações da produtora de hortaliças, Gretchen Cussler encarou a montanha de neve ao lado do carro. — E é famosa por quê, então? — provocou.
Wayne tinha se mudado da Carolina do Norte para a Pensilvânia para administrar o centro. Pottsville não era um lugar ruim de se viver, mas para nenhum dos dois era a terra natal. Gretchen chegara a Pittsburgh pela manhã num voo direto de Sacramento, na Califórnia, onde ficava a sede da Baldwin Farms. Agora, estava metida numa parca que só usava para esquiar. E ainda assim tiritou de frio no trajeto a pé até a porta do galpão.
Lá dentro, trabalhadores preparavam paletes de alface orgânica em sacos plásticos para entrega. Gretchen gostou de ver toda aquela movimentação. O centro de distribuição da costa leste, ou CDCL, vinha tirando seu sono ultimamente. Troy e Shawn, os dois irmãos que tinham aberto a Baldwin Farms em 1993 e hoje dividiam a presidência da empresa, queriam uma fatia ainda maior do mercado de orgânicos da costa leste e, com a ajuda de Gretchen, tinham aberto a instalação dois anos antes. Uma das grandes metas era ajudar clientes na região a manter as gôndolas abastecidas com o item de maior sucesso da empresa: alface orgânica pré-lavada. Em geral, quando um varejista na costa leste fazia o pedido, a alface levava de 10 a 15 dias para chegar da Califórnia até o estabelecimento. Com esse prazo, era difícil para o cliente se planejar bem. A maioria só ia perceber que precisava repor o estoque uns cinco dias antes de o produto acabar. No final, muitos preferiam deixar as gôndolas vazias a exagerar no pedido e ter de jogar alface fora.
A Baldwin mantinha no CDCL alface suficiente para que um cliente pudesse fazer pedidos pequenos e