Loucuras Mil
-Ironia do Destino é uma construção muito forte, já que, participando desta mesma comunidade que o colega citou, os réus deveriam saber que a caverna de rocha calcária em que se “aventurariam” era de extrema instabilidade, e “acidentes” como o que aconteceu se fazem freqüentes.
- O caso de compará-los a assassinos frios é um equívoco: Assassinos frios que entram na casa dos cidadãos do condado para atuar em atos criminosos, não o fazem de forma completamente racional. Infelizmente os réus presentes o fizeram.
-O jogo de dados é uma prova cabal do que falo agora. Se jogaram suas vidas, em uma aposta, não uma simples “luta pela sobrevivência” sob a força bruta, mas sim um atentado completamente intelectual. Afinal, devo lembrá-los que o jogo de dados só surge com a civilização da raça humana.
- Uma análise positivista também não cabe: Não queremos fazer o mesmo que os réus fizeram. Mandá-los para o corredor da morte é apenas atuar da mesma forma só que legitimamente. Esses não devem morrer, eles devem pensar no que fizeram, assim como pensaram no momento em que mataram a vítima, no momento, na verdade, em que a privaram do direito de escolher se iria ou não participar de tal jogo funesto.
-Privaram-no do direito a vida, um direito inerente e que até para o estado de natureza... Um estado dito irracional, onde Hobbes afirmava que o homem era o lobo do homem... Esse direito tão primordial, foi ceifado.
- Não é equivocado dizer que eles jamais disseram que Roger que iria morrer, mas suas ações o fizeram seus lábios. Tiraram-lhe o direito de escolha, tiraram-lhe o direito de desistir, e segundo os altos... A vitima tendeu por omitir-se no acerto final, dizendo que não havia nada a ser falado, por estar déficit numérico, vendo que suas chances ao negar-se, se o fizesse seriam completamente invalidadas, dessa vez por provavelmente força bruta, afinal