Logística Reversa
Considerado uma das principais peças automotivas, o pneu é formado por uma série de componentes como: borracha natural, borracha sintética, derivados de petróleo - negro de fumo (carbono amorfo), cabos de aço, cordonéis de aço ou náilon, produtos químicos como enxofre. A parcela de utilização de cada um desses itens na fabricação dos pneus varia de acordo com o uso que será dado ao produto final. (ANIP, 2013) Ao ser descartado inadequadamente, os pneus inservíveis podem gerar diversos impactos ao meio ambiente, além de riscos à saúde pública, por colaborar com a disseminação de doenças como a dengue e a febre amarela. Isso se deve ao fato do formato dos pneus contribuírem com a proliferação de vetores, bem como se tornar um ambiente propício para roedores e mosquitos. (SUGIMOTO, 2004) Ainda segundo o autor, o pneu pode trazer muitos outros problemas ambientais caso não seja descartado de maneira adequada, devido ao fato de não se decompor naturalmente. Ou seja, quando descartado em aterros, as suas camadas de ar fazem com que ele suba até a superfície e, quando é queimado, libera diversos gases poluentes. Observa-se que a queima de pneus sem nenhuma forma de tratamento ou utilização de filtros, pode liberar substâncias muito tóxicas, as quais resultam em riscos de mortalidade, diversos problemas respiratórios, do coração e do sistema nervoso. Além disso, a queima também pode representar riscos ao solo e ao lençol freático, uma vez que produtos químicos tóxicos e metais pesados são liberados, e podem durar até 100 anos no meio ambiente. (MATTOS, 2006) Por fim, segundo Miranda (2006), os pneus não se degradam facilmente, devido à borracha vulcanizada e seus materiais, pode demorar até 600 anos para se decompor totalmente.
RECICLANIP O projeto iniciou-se com o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, em 1999, implantado pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade esta que representa os