Logistica reversa
Tradicionalmente quando estudamos e pesquisamos a logística, verificamos que suas interpretações dizem respeito ao fluxo de materiais/ produtos do fornecedor ao consumidor final como também, em sentido contrário, o fluxo informacional.
Diante de tal interpretação unidirecional você deve se perguntar: se vivemos a era da Logística Integrada e estamos nos preparando para o Supply Chain Management (SCM) porque as informações não são representadas de forma compartilhada, ou seja, o seu fluxo nos dois sentidos da cadeia? E as devoluções? Não fazem parte da Logística? E aí começamos a observar a existência da Logística Reversa.
Conceitualmente, a Logística Reversa seria então, a área da Logística Empresarial que tem a preocupação com os aspectos logísticos do retorno ao ciclo produtivo dos produtos, materiais e embalagens. No entanto há um tratamento diferenciado da Logística Tradicional para a Logística Reversa, pois os custos se modificam neste novo sentido, dependendo ainda do tipo de reprocessamento que os produtos, materiais ou embalagens possam ter:
Retornar ao fornecedor; revender, recondicionar, reciclar ou descartar.
O estudo da Logística Reversa não é nenhuma novidade. Sua prática já poderia ser observada há algum tempo atrás nas indústrias de bebidas com a utilização das garrafas retornáveis e seus engradados, o que exige um alto grau de cuidado no manuseio durante o processo de entrega ao consumidor final onde este cuidado e responsabilidade eram transferidos para estes, de forma que no início de um novo processo de aquisição as garrafas teriam que ser devolvidas pelos consumidores em sua forma integra, para serem incorporadas novamente ao ciclo produtivo. A prática da Logística Reversa pode ser observada também nas indústrias de latas de alumínio, onde este setor se destaca pelo grande aproveitamento de matéria-prima reciclada e seu incentivo cultural e de desenvolvimento técnico de coleta de latas descartadas.