Logica
O objeto ou campo de investigação da Lógica é constituído pelos diversos géneros de atos ou operações do pensamento: conceitos, juízos, raciocínios, processos de distinguir, abstrair, concretizar, relacionar, inferir, concluir, etc. Por este motivo, classicamente, definia-se a Lógica como a ciência que estuda as leis do pensamento. Mas impõe classificar-se esta definição: não estuda o ato de pensar, pois esse é o objeto da Psicologia; não estuda a realidade do que é pensado pois esse é o objeto da Ontologia; não estuda as palavras que suportam e exprimem o pensamento pois esse é o papel das ciências da linguagem; à Lógica interessa o pensamento apenas na medida em que pode ser válido ou não, correto ou incorreto. É a ciência que estuda as condições que o pensamento deve respeitar para ser válido (não é o mesmo que verdadeiro), isto é, coerente consigo mesmo. Investiga a estrutura da proposição e do raciocínio através de um método que abstraí do conteúdo das proposições sob consideração e trata apenas da sua forma lógica. Preocupa-se, então, com as condições formais da verdade. * Finalidade
A Lógica ajuda a:
Clarificar a analisar o pensamento e a linguagem.
Assegurar a eficácia demonstrativa e argumentativa do pensamento.
Garantir a correção formal do raciocínio e a coerência do discurso.
Definir os conceitos, ordenar s noções, obter conclusões formalmente seguras, evitar sofismas e ambiguidades, detetar erros no desenvolvimento das argumentações.
O estudo da Lógica põe ao dispor do homem um conjunto de técnicas e padrões de raciocínio que tornam mais eficazes as suas competências comunicativas, argumentativas e demonstrativas. Como diz E. Morin, “o pensamento não serve para a Lógica, serve-se dela.” Reencontramos, mais uma vez, uma visão instrumental da Lógica, pois é encarada como arte, técnica, ferramenta para pensar. 2. Compreender a importância da Lógica na atividade do pensamento em