Lodo de ETE
Introdução
O tratamento de efluentes é fundamental para a proteção dos corpos d´água, as ETE´s (Estações de Tratamento de Esgotos), ou ETA´s (Estações de Tratamento de Águas) são estações criadas para suprir essa demanda de tratamento das mais diversas origens. Locações urbanas e indústrias de diversos setores, que geram efluentes contaminados devem dispor o tratamento adequado atendendo os padrões de qualidade definidos pela RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005.
Os tratamentos desses efluentes geram um resíduo semissólido, pastoso e de natureza predominantemente orgânica resultante do processo, ou comumente chamados de lodo ETE. Atualmente a legislação prevê o tratamento e destinação adequada desse resíduo, o principal objetivo do tratamento é gerar um produto mais estável e com menor volume para facilitar seu manuseio e consequentemente reduzir os custos nos processos subsequentes. O gerenciamento do lodo de esgoto proveniente de estações de tratamento é uma atividade de grande complexidade e alto custo, que, se for mal executada pode comprometer os benefícios ambientais e sanitários esperados destes sistemas. Estima-se que a produção de lodo no Brasil está entre 150 a 220 mil toneladas por ano.
Produção de Lodo
A produção de lodo é resultado dos sistemas de tratamento utilizados para a fase líquida, em princípio, todos os processos de tratamento biológico geram lodo. Os lodos podem exibir características indesejáveis, como instabilidade biológica, possibilidade de transmissão de patógeno e material em grande volume. Aqueles que recebem o esgoto bruto em decantadores primários geram o lodo primário, composto pelos sólidos sedimentáveis. Este tipo de material pode exalar um forte odor, principalmente se ficar retido um tempo elevado nos decantadores primários, em condições de elevadas temperaturas. Na etapa biológica de tratamento, tem o denominado lodo biológico ou secundário, este é a própria biomassa que aumentou devido à alimentação fornecida pelo