Lixo no oceano
Correntes marítimas como a Círculo Polar Antártica ligam os três oceanos da Terra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que leve décadas percorrendo os mares do mundo.
Em algumas regiões do oceano Pacífico, as correntes marítimas se movimentam em círculos, formando enormes “redemoinhos”. O lixo que entra nessas áreas, após vagar pelos oceanos de todo o planeta, fica preso nas correntes.
O pior é que o lixo boiando na superfície é só uma pequena parte da sujeira. Com o passar dos anos, pedaços menores de plástico se diluem, formando uma espécie de sopa. Resultado: as manchas têm camadas com até 10 m de profundidade de lixo.
O lixo que desembarca na maior concentração de lixo marinho do mundo, no Oceano Pacífico, onde fica o Havaí, vem de longe, dos continentes: da América do Norte, da América do Sul, da Oceania, da Ásia.
Esse lixão ficou conhecido como Giro Subtropical do Norte do Pacífico (NPSG, na sigla em inglês) ou Grande Mancha de Lixo do Pacífico.
As fontes de plástico para o oceano são diversificadas, sendo as principais: embarcações, plataformas de óleo e gás, lixo nas ruas que são levados pela chuva e rios, praias sujas, descartes acidentais, disposição imprópria do lixo em terra acidentes no transporte (pellets), etc.
CONSEQUÊNCIAS
CARDÁPIO IMPRÓPRIO
Pesquisadores já encontraram tartarugas que comeram isqueiros, peixes engasgados com linhas de pesca e pássaros marinhos mortos com o estômago lotado de plástico ingerido na região das manchas.
ALTERAÇÃO HORMONAL
O lixo forma resíduos tóxicos que confundem os receptores hormonais de alguns animais. Há espécies que tiveram queda na produção de esperma e nascimento de mais fêmeas.
INTOXICAÇÃO À MESA
Ao comer peixes que passaram por essas regiões, o ser humano ingere também os produtos tóxicos absorvidos pelos animais.
O NPSG fornece um novo hábitat para insetos oceânicos, denominados "gerrídeos", que se alimentam de plâncton