Livros de Economia
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A maior relevância brasileira nas importações mundiais
Julio Gomes de Almeida
Cristina Fróes de Borja Reis
Dezembro 2012
A maior relevância brasileira nas importações mundiais
Julio Gomes de Almeida 1
Cristina Fróes de Borja Reis 2
Resumo
As exportações brasileiras vêm marcando passo como proporção das exportações mundiais. Já se foi o tempo em que o Brasil nutria a perspectiva de ter alguma importância no cenário exportador global.
Desde a crise de 2008 fica patente que o espaço reservado ao país no contexto internacional é do outro lado. Dados do FMI e da OMC mostram que no pós-crise coube ao Brasil o papel de mercado dinâmico para as exportações de outros países que souberam preservar condições de agressividade como exportadores.
O presente estudo analisa os dados de comércio exterior do Brasil para mostrar que em termos de exportações o país vem ocupando praticamente a mesma posição desde 2005 até 2011: de 23º para o
22º lugar no ranking dos maiores exportadores internacionais, incluindo a zona do Euro (OMC). Isso significou que a parcela brasileira nas exportações mundiais evoluiu de 1,13% em 2005 para 1,4% em
2011.
Todavia, em termos de importações o Brasil passou a ser muito mais relevante para o mercado internacional, passando da 28ª posição em 2005 para a 21ª em 2011, ou de uma parcela de 0,72% do mercado mundial para 1,3%.
O maior salto no ranking dos importadores ocorreu em 2010, quando o Brasil ultrapassou a Suíça, a
Tailândia, a Turquia, a Polônia, a Áustria e os Emirados Árabes. Se for desconsiderado o comércio entre os membros da União Europeia, a posição brasileira no ranking dos importadores sobe para 15º.
As importações brasileiras tiveram um crescimento em valor de 24% em 2011 em relação ao ano anterior – variação superior à do México, Malásia, Hong Kong e Singapura, mas inferior à China,
Rússia, Tailândia, Indonésia, Emirados Árabes, Índia.
As informações do FMI, atualizadas até o