Livros da ufg de analise
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida
Resumo
O narrador, baseando-se em uma história contada por um sargento de milícias aposentado, adota a postura de contador de histórias para narrar os costumes e acontecimentos de mais ou menos cinqüenta anos atrás. Logo, o narrador não viveu na época das estripulias de Leonardo.
I – Origem, nascimento e batismo - É a apresentação do protagonista Leonardo. O narrador, baseando-se na história que um sargento de milícias aposentado lhe contou, narra a vida e os costumes do Rio de Janeiro na época em que D. João VI esteve no Brasil, daí iniciar com: Era no tempo do rei. – volta a um passado não muito distante.
No Rio de Janeiro, na rua do Ouvidor, havia um local em que os meirinhos se reuniam, daí o nome o canto dos meirinhos, os meirinhos da época em que vivia o narrador, Segunda metade do século XIX, eram apenas uma sombra caricata daqueles do tempo do rei, gente temida e temível, respeitada e respeitável e a sua influência moral era a de formarem um dos opostos da cadeia judiciária; mas além da influência moral tinham também a influência que derivava de suas condições físicas, que é o que falta nos meirinhos de hoje (época em que vivia o narrador da obra), estes são homens como quaisquer outros, confundem-se com qualquer procurador, escrevente de cartório ou contínuo de repartição; já os da época do rei eram inconfundíveis tanto no semblante quanto no trajar: “sisuda casaca preta, calção e meias da mesma cor, sapato afivelado, ao lado esquerdo aristocrático espadachim, e na ilharga direita penduravam um círculo branco cuja significação ignoramos, e coroavam tudo isto por um grave chapéu armado. Nesta época ele podia usar e abusar da sua posição.
Após a comparação, o narrador chama o leitor para participar da narrativa, usando para isso, a primeira pessoa do plural: “Mas voltemos à esquina , à abençoada época do rei”, e lá apresenta-lhe a equação meirinhal; um grupo de