livro
Mais uma noite quente. Até então nenhuma novidade, essa época do ano nunca perdoa. Mas como o Brad gosta de dizer: Esse é o clima pra trabalhar, porque quando ta frio vocês reclamam das roupas curtas né?!Brad tinha razão, embora o calor fosse extremo, o frio quando queria era implacável, e tornava o único momento de “tranqüilidade” da noite tão insuportável quanto o trabalho.As garotas desfilavam, pela calçada, vestidas com roupas coloridas e grandes bijuterias que tentavam se passar por peças caras e de algum valor. Elas sorriam e acenavam como quem gosta do que faz. Mas nenhuma delas conseguia evitar rápidas olhadas para o fim da esquina, de onde eram observadas por aquele ser magro e alto, de roupas caras e largas, que portava um canivete, do qual ele usava para limpar em baixo das unhas. Era Brad, que como um gerente em momento de expediente observava suas funcionarias trabalhando.Brad na verdade, era um gerente desprovido de qualquer preconceito na hora de contratar, tinha funcionarias de todas as etnias e idades. Em meio a tanta diversidade, uma garota era facilmente notada. Aparentando seus 18 anos ainda, a linda e jovem garota estava sentada em um banco, um pouco atrás de onde as veteranas exerciam suas profissões. As outras não conseguiam evitar olhares a jovem, olhares hora de inveja e hora de raiva.Brad, vê ao longe, uma limusine dobrando o quarteirão. O cliente especial estava chegando. O ser magro então guardou o canivete e atravessou a rua, com toda imponência que seu físico lhe permitia.Passava tranqüilo por suas garotas, até que foi parado por uma delas. Ela o para entrando em seu caminho, colocando a mão em seu peito e já dizendo:-Olha Brad, eu sei que se tem algum fetiche com a putinha ali, mas não é justo a gente fica aqui ralando, enquanto ela fica lá sentadinha esperando o pinto de ouro dela chegar.Brad, com seu tom fechado naturalmente, olha pras outras garotas