Livro
Prefácio ..........................................................................02
Capítulo 1 .......................................................................04
Capítulo 2.......................................................................10
Epílogo...........................................................................14
Prefácio.
Felipe Antônio Gonçalves Cavalcante, esse é o nome do amigo que tenho desde os tempos de menino. Tínhamos entre 11 e 12 anos quando nos tornamos amigos, estudávamos no mesmo horário da escola nessa época e Felipe Antônio já era extrovertido como permanece hoje.
Nosso primeiro encontro se deu numa padaria no bairro em que morávamos. Entrei no estabelecimento e Felipe contava eloquentemente sobre um lance de futebol que ele realizara na escola. Todos o escutavam, ele conseguia atrair a atenção geral, alguns olhares incrédulos o fitavam pela façanha que ele narrava. Quando percebeu os olhares e me notou no estabelecimento, o ciclo para ele estava fechado: me usou como testemunha dos seus atos, os quais tive que confirmar. Ali se formou a nossa amizade, a simples cumplicidade de dois meninos sobre as façanhas futebolísticas na escola.
Eu não era na época um garoto tímido, mas creio que a minha amizade com Felipe me tornou um melhor orador, mais inserido nas atividades culturais da escola e mais convicto das minhas opiniões, que se refletem até hoje na minha vida. Creio também que o transformei, ele era filho único e eu o único filho homem entre quatro irmãs mais velhas. Eu o trouxe para minha família e minhas irmãs o têm como o segundo caçula. Sei que, lá em casa, o menino que poderia ser mimado por ser filho único aprendeu a dividir, a ter irmãos e a viver bem em grupo.
Crescemos juntos, ele esteve do meu lado durante a doença que incapacitou meu pai e eu estive com ele quando o pai dele faleceu. Mudanças radicais e barras pesadas para apenas dois meninos, que superam esses desalinhos da vida contando