Livro

A ficção que faz jus a realidade
Capitães da Areia é um romance escrito pelo brasileiro Jorge Amado e publicado no ano de 1937. Atualmente a obra vem sendo publicada pela editora Companhia das Letras. Segundo o site Companhia das Letras após o lançamento do livro vários escândalos foram criados, inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas essa narrativa não perdeu a atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganharam contornos trágicos e urgentes.
Várias gerações de brasileiros sofreram e ainda sofrem o impacto que esses meninos que moram em um trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. A historia conta um verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições. O livro encaixa-se na categoria de Leitura Nacional e Romance.
Segundo o site Guia do Estudante, Jorge Amado nasceu na cidade de Itabuna (BA), em 10 de agosto de 1912, passou sua infância em Ilhéus. Com 19 anos se destacou e surpreendeu aos críticos e o publico com o lançamento da obra “Pais do Carnaval”. Jorge Amado também foi responsável por desenvolver uma leitura politicamente engajada com a publicação de várias outras obras com Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935) e Capitães da Areia (1937). Estudou no Rio de Janeiro e fez bacharelado em Ciência Jurídica e Social. Em 1945, foi eleito Deputado Federal pelo partido PCB, participou da assembleia constituinte de 1946 e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo. Em 1948 o partido PCB foi colocado com ilegal e fazendo assim com que Jorge Amado perdesse seu mandato. Após essa passagem pela política ele morou por cinco anos na Europa e na Ásia. Em 1958, deu inicio a sua nova fase literária com a obra “Gabriela, Cravo e Canela”, essa fase foi marcada pelo estilo dos personagens que eram malandros e bufões.