livro
Vincenzo, Nina, Olivia, Stella, Roger, Elsa, McGill, Don Metzger e Bosco.
BOSCO. O homem dos bosques: literalmente.
Temos uma personagem que tem uma vida torta. Quer ser escritor, mas não sabe bem o que fazer da sua vida.
Um dia, é convidado pela editora para participar num congresso no estrangeiro e, ainda relutante, aceita.
Ele é um rapaz novo que teima em ser velho. Faz-se acompanhar de uma bengala que suporta o peso pesado da sua vida e não a perna que diz estar doente.
É neste congresso que ele conhece todas aquelas pessoas.
Resolvem ir para a casa de um conhecido produtor e afins de nome Don Metzger.
Ao que parece, este sujeito gosta de colocar em evidência os verdadeiros profissionais do cinema e da escrita.
Ora, apesar de todo o romance andar à roda deste Don, a verdade é que ele nunca aparece (de verdade) em cena.
Há um homicídio: Don Metzger morre e o homem dos bosques, Bosco, seu funcionário, quer fazer justiça com as próprias mãos.
E faz.
E diz-se capaz de matar.
E mata.
A verdade é que o culpado tem que ser alguém que estava na casa do homem aquando da sua morte e que são as personagens que acima indiquei.
Além disso, todos eles vão para esta festa que o tal Don faz todos os anos na sua casa à procura de glória.
Para Don, por sua vez, a glória da vida dele são os balões de ar quente que os empregados constroem e que ele fica a ver desaparecer no infinito.
Para ele, a Sabaudia, onde se encontram todas estas personagens, é um sítio bom para se viver, em contraste com um outro local onde ele morou com a mãe, outrora, onde se fazia sentir um tempo muito agreste. Por isso, um Bom Inverno era aqui onde todos estavam: verdadeiramente mais ameno.
No Bom Inverno de Don Metzger tudo é misterioso e fantasmagórico.
Depois da sua morte não deixa de ser.
Bosco anda numa caça louca ao homem que matou o patrão, mas chegamos ao final da história com a dúvida latente: quem terá sido?
Desconfianças há, claro, mas nada de