Livro Inacabado
Sentado em seu antigo sofá, vestia-se com botas de couro, calça jeans e uma camiseta Polo branco meio amarelada, segurava uma garrafa de cerveja e assistia a um programa de culinária na televisão. Preocupava-se com seus cabelos brancos, mesmo que não aparecera muito com o corte que havia aprendido com seu tempo no exercito. Não tinha o dedo anelar da mão direita pois havia sido decepado em uma luta contra um ciclope na capital paranaense, Curitiba.
Seu telefone residencial toca, ele se espreguiça, coloca a cerveja na mesa de cabeceira e passa a mão sobre a calça tentando seca-la. Levanta-se sem esforços e atende ao telefone, era seu irmão, Heitor, cinco anos mais novo e trabalhava em uma equipe de segurança de uma nave espacial ao sul da Suécia.
- Fala logo Heitor, daqui a pouco tenho que sair. Falou Jorge.
- Jorge, tenho um serviço para você, e paga bem.
- Fala, não aguento passar os dias em casa sem fazer nada! Talvez um pouco de emoção novamente seja bom.
- Um ciclope conseguiu escapar da nave que fica ao sul de Santa Catarina, ele foi torturado e possivelmente tentará causar caos agora que está livre. É provável que ele vá para Porto Alegre, é a capital mais próxima, ele pode não pensar bem como nós mas sabe o que faz. Preciso que nos ajude a captura-lo.
- Heitor, ciclopes nunca foram vistos pela população, é uma sabedoria restrita ao governo dos países. Como ele pode escapar? Quem foi que fez essa merda?
- Ainda não sei, só recebi a ordem de te ligar porque sou seu irmão e meu comandante achou melhor que fosse assim.
- Tudo bem, vou ver o que posso fazer.
Ao desligar o telefone Jorge se sentia atordoado, sabia do caos que causaria caso alguém visse o ciclope. Pegou sua cerveja acabando de tomar com um