Livro dos mortos
O Livro dos Mortos era uma coleção de feitiços, hinos e orações que pretendiam afiançar a passagem segura e curta do falecido ao outro mundo. O pergaminho de Nevolem relata o transporte da alma até Osíris: um barco leva o esquife negro, que contém a múmia do defunto, e os canopus; Ísis está próxima à cabeça e Néftis dos pés da múmia, ambas vestidas de vermelho. Após Anúbis receber o ataúde, a alma se ergue e começa a adorar os quatro gênios do Oriente, as aves sagradas de Amon. Então A alma é introduzida no tribunal de Osíris.
Tribunal de Osíris
O papiro de Nes-min mostra o que acontece com a alma após entrar no Tribunal de Osíris, o deus do mortos, que determina o mérito do defunto para entrar na próxima vida, avaliando suas ações no plano terrestre. O coração do defunto está sendo pesado na balança da deusa Maat, que representa a verdade e a justiça. O deus-chacal, Anúbis, dá um voto a favor do defunto, restabelecendo o equilíbrio, enquanto isso, o deus-falcão, Hórus, olha para o deus-íbis Thoth, o secretário dos deuses, dando o veredicto favorável ao morto. O defunto eleva as suas mãos em jubilo, acompanhado pela deusa Maat. Em sua frente está Ammit, um monstro com partes de hipopótamo, crocodilo e leão, que o teria aniquilado caso o julgamento fosse desfavorável.
Ammit
A alma do morto, ao comparecer ao tribunal de Osíris, deveria recitar a seguinte oração para cada um dos quarenta e dois deuses presentes no tribunal:
“Glória a Ti, Senhor da Verdade e da Justiça! Glória a ti, Grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça! A ti vim, meu Senhor, e a ti me apresento para contemplar as Tuas perfeições. Porque Te conheço, conheço Teu nome e os nomes das quarenta e duas divindades que estão contigo na sala da Verdade e da Justiça, vivendo dos despojos dos pecadores e fartando-se de seu sangue, no dia em que pesam as palavras perante Osíris, o da voz justa: Duplo Espírito, Senhor da