Livro didático x Bechara
A partir de estudos sobre sujeito da oração, iremos comparar a gramática normativa do Evanildo Bechara com a de outras gramáticas como “Termos essenciais da oração – de Abaurre, Pontara, Avelar e Sistema de Ensino IBEP – Língua Portuguesa de Antônio de Siqueira e Silva e Rafael Bertolin”. O nosso objetivo é comparar as gramáticas utilizadas por alunos de ensino médio e a de Evanildo Bechara, numa linguagem de nível mais acadêmico, apresentando seus pontos de encontro, o que cada uma possui em comum e suas divergências.
A análise será apresentada através de comparações, ou seja, como cada autor define o tema: sujeito e suas diferenças sintáticas.
2. SUJEITO SEGUNDO A GRAMÁTICA DE BECHARA
Bechara tem como o sujeito da oração a unidade que cria relação com o predicado da frase. Também relaciona o sujeito podendo dar valor de quantidade e dizer se é primeira, segunda, ou terceira pessoa. Se o sujeito é explicito tem que concordar com verbo do predicado principalmente com número, gênero e pessoa.
O sujeito engloba alguns termos:
Termos nucleares: são os núcleos do sujeito e do predicado. Se relacionam predicativamente pois o núcleo da oração é o verbo;
Exemplo:
“Graciliano falou de temas universais em seus romances.”
Podemos observar que além de Graciliano e falou, que são núcleos do sujeito e do predicado, temos os termos de temas universais que se diz nuclear no ponto de vista sintático-semantico, porque esta intimamente referido a relação predicativa, já que explicita aquilo de que falam os romances de Graciliano.
Termos argumentais: são aqueles que são acompanhados pelo significado lexical (ou seja, cada palavra tem um sentido, uma interpretação), pois o núcleo é o verbo.
Ainda utilizando o exemplo acima, Bechara considera que embora ambos sejam termos nucleares, o termo experiências amargas estaria mais estreitamente ligado ao conteúdo semântico do verbo