Livro Antígona
Após a desgraça de Édipo, seus dois filhos, Etéocles e Polinice disputam a posse do trono. Essa luta começa pelo fato de não continuarem o pacto de revezamento do trono. Os dois irmãos, se ferem na batalha vindo a falecerem. Creonte assume o trono e resolve fazer o funeral de Etéocles, mas, proíbe, sob pena de morte, que sepultem Polinice, para que fique exposto às aves carniceiras e cachorros.
Antígona resolve desobedecer à lei e faz o sepultamento de Polinice, que é seu irmão. Quando interrogada por Creonte, que estava muito chateado por ter sido, Antígona responde:
Sim, porque não foi Júpiter que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com as divindades subterrâneas, jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas são irrevogáveis; não existem a partir de ontem, ou de hoje; são eternas sim! E ninguém sabe desde quando vigoram! Tais decretos, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar sem que por isso me venham punir os deuses! Que vou morrer, eu bem sei; é inevitável; e morreria mesmo sem a tua proclamação1.
Antígona afirma que os deuses exigem que se apliquem os mesmos ritos a todos os mortais. Partindo do conceito do direito natural. Já Creonte representa a tese do direito positivo, onde ele que estabelece as leis, as normas e a população terá de segui-las.
O príncipe Hémon, filho de Creonte, revolta-se com a lei estabelecida pelo seu pai, outro fator para o não consentimento da norma é que Hémon era noivo da condenada a morte, Antígona. O Corifeu também se revolta contra a lei do governante e não pode conter suas lágrimas ao ver Antígone dirigindo-se ao túmulo.
O crime