Livre arbitrio
Este é um problema central da Filosofia da Acão. Neste pequeno texto, vou defender a tese de que existe livre-arbítrio, isto apesar de haver teorias filosóficas que o negam, por exemplo, os defensores do chamado determinismo radical. Todos nos defendemos o nosso ponto de vista, mas deparamo-nos com algumas ‘perguntas’ que nos podem fazer pensar de outra maneira.
Temos uma forte intuição de que temos livre-arbítrio. Claro que as nossas intuições podem falhar, mas seria preciso mostrar porquê, o que neste caso não é fácil. Ora, se tudo estivesse totalmente determinado, como por exemplo, todas as nossas ações nesse caso parece que não seríamos livres de fazer verdadeiras escolhas, isto é, não sentimos que estamos a escolher o caminho que estamos a percorrer. Muitas das nossas ações são influenciadas por acontecimentos anteriores, como o exemplo de chumbar de ano é o resultado da causa de não se ter estudado, de se ter falta de atenção ou até de se ter faltado às aulas. Qualquer pessoa que defenda que existe livre-arbítrio pode defender que mesmo que eu tivesse tomado outras escolhas, também já estava determinado, quer por acontecimentos anteriores quer pelas leis da natureza. Mas se realmente o livre-arbítrio fosse uma ilusão, nós viveríamos com a ilusão de temos essa capacidade, e por muito que pensássemos que estávamos a agir livremente, isso seria puramente uma ilusão.
Se não tivéssemos livre-arbítrio éramos uma espécie de máquinas complicadas, comandadas unicamente pelo Universo. Mas mesmo que o Universo físico seja determinista, e nós façamos também parte dele, não se segue que as nossas ações o sejam.