literatura
Não se pode falar de literatura africana sem falar da "Negritude"; aliás, este é o tema fundamental dessa Literatura.
A literatura africana de Língua Portuguesa nasceu de uma situação histórica originada no século XV, época em que os portugueses (cronistas, poetas, historiadores, escritores de viagens, homens ciêntistas e das grandes literaturas europeias) iniciaram a rota de África, continuando depois pela Ásia, Ocêania e América.
É curioso mencionar, mas o fato é que a literatura praticada nos países de língua portuguesa , com exceção de Brasil e Portugal, nem sempre é escrita na língua de Camões. Exemplo disso são os autores de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor, onde há tradições fortes de literatura em outras línguas que não o português. Ao mesmo tempo, com a recente adoção do português como língua oficial pela Guiné Equatorial, este país não produziu coisa alguma em português, sendo que boa parte de sua produção literária está em língua espanhola, e pior, permanece na sua totalidade ainda não traduzida para o português. Ao mesmo tempo, a língua portuguesa está espalhada pelo globo, e não apenas contida dentro da entidade política conhecida como país. Assim, há importantes escritores dentro das letras portuguesas em Goa, estado indiano, Galiza, parte integrante do estado espanhol, Macau, território especial chinês, e ainda encontramos tradições literárias históricas no Sri Lanka, Malásia, Indonésia, Índia, ilhas do Caribe holandês e mesmo na Guiné Equatorial.
Ao analisar o conjunto das literaturas de língua portuguesa, a crítica e os historiadores concordam que os fundamentos desses momentos caracterizam-se pelo surgimento de movimentos literários significativos ou de obras importantes para o desenvolvimento das literaturas, entre os quais podem ser citados:
• em Cabo Verde, a publicação da revista Claridade (1936-1960);
• em São Tomé e Príncipe, a publicação do livro de poemas Ilha de nome santo